NO MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O AUTISMO, PROFISSIONAIS DA SAÚDE EXPLICAM TRANSTORNO QUE FAZ PARTE DA ROTINA DA FAMÍLIA KAEFER HÁ 15 ANOS

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    Assunto: Saúde  |   Publicado em: 26/04/2021 às 11:56   |   Imprimir

 

O mês de abril é marcado mundialmente pela cor azul, com a intenção de dar visibilidade ao autismo - ou transtorno do espectro autista - uma condição psíquica ainda pouco conhecida que causa problemas no desenvolvimento da linguagem, na interação social e nos processos de comunicação. Para a família Kaefer, residente no centro de Caibaté, o autismo identificado no filho e neto Murilo Kaefer Souza já antes de completar dois anos de idade é motivo de estudos constantes e terapias específicas que ajudam a melhorar a qualidade de vida. No município, boa parte do tratamento é oferecido pela Prefeitura através do setor de Psicologia e Fonoaudiologia, situado junto à Estratégia de Saúde da Família 2 na Vila Assunção.

A psicóloga Alice Hossa Palmeiro, que atende pelo Município e é terapeuta do Murilo, explica que é possível detectar sinais do autismo nas crianças já no primeiro ano de vida, mas a maioria dos pais observa a partir dos três anos de idade. Pouco contato visual, dificuldade para atender pelo nome, pouco interesse em compartilhar objetos, seletividade alimentar, medos excessivos, sensibilidade a sons, dificuldade para falar e se comunicar, como também a excessiva preferência por certos objetos, cores e jogos são sintomas frequentes no diagnóstico autista, segundo a psicóloga. Os sinais se manifestam de forma diferente de acordo com o grau de autismo presente no indivíduo, que pode ser caracterizado nos níveis leve, moderado ou severo.

Independentemente do nível ou da gravidade dos sintomas presentes na criança, o tratamento para o autismo sempre é essencial. É o que diz a fonoaudióloga da Prefeitura, Kamila Gomes Machado, que orienta as famílias a procurarem atendimento médico assim que desconfiarem da possibilidade do transtorno autista nas crianças. “Caso seja negligenciado o tratamento, a tendência é que os sintomas persistam e fiquem cada vez mais difíceis de serem condicionados”, alerta.

No caso de Murilo, já no primeiro ano de vida a família começou a identificar comportamentos curiosos, que levaram a mãe Adriana Kaefer a procurar atendimento. Numa consulta médica feita em Santa Maria veio o diagnóstico de espectro autista. Desde os dois anos de idade, ele faz tratamentos e está em constante evolução. Hoje, aos 16 anos, Murilo conta que se dedica e gosta muito da equoterapia, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, pilates e fisioterapia, que fazem parte da sua rotina desde a infância. “Ao longo da vida ele foi evoluindo muito e graças a Deus hoje ele está no 1º ano do Ensino Médio na Escola José Adolfo Meister e – com o apoio dos professores, que cooperam muito – a gente vai trabalhando formas diferentes de ensino”, relata a mãe.

Para caibateenses que tiverem dúvidas a respeito do autismo, a Prefeitura recomenda contato direto com as unidades de saúde:

- Setor de Fonoaudiologia e Psicologia: 99687-7961

- ESF 1 (centro): 3355-1320

- ESF 2 (Vila Assunção): 3355-1039