- 25/03/2024
Neste mês, diversas ações estão sendo realizadas no município para incentivar os cuidados com a saúde da mulher. Uma delas é organizada pelas equipes das Estratégias de Saúde da Família, voltada ao combate do câncer do colo de útero (também conhecido como câncer uterino ou cervical) por meio da campanha nacional chamada Março Lilás. A doença é causada pelo papilomavírus humano (HPV) e a forma mais eficaz de prevenção é a vacina.
Como explica a técnica em enfermagem Ângela Berwaldt Olegário, “o HPV é um tipo de vírus transmitido sexualmente. São conhecidos 150 tipos de HPV, sendo que alguns deles são considerados de alto risco e podem causar câncer”. Segundo informa o técnico em enfermagem Junior Barboza, o câncer uterino é a quarta causa de morte entre mulheres referente a câncer; relações sexuais com múltiplos parceiros e o uso prolongado de anticoncepcionais são fatores de risco, e a diminuição dos riscos de contaminação se dá pelo uso de preservativo feminino e masculino e o exame de papanicolau (preventivo) recomendado a partir dos 25 anos de idade.
A vacina contra o HPV é aplicada em meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14, no ESF 1, posto de saúde do centro. Além disso, uma nova normativa do Ministério da Saúde, emitida nesta semana, garante a vacina do HPV para mulheres imunossuprimidas (HIV positivas, transplantadas e oncológicas) com até 45 anos. A aplicação da vacina é feita em duas doses (com intervalo de seis meses) para crianças e adolescentes e três doses (intervalo de dois e seis meses) para mulheres adultas. “Pessoas fora dessa faixa etária que não tenham sido vacinadas podem requerer a vacina através de pedido médico que é anexado a outros documentos para realização de pedido ao Centro de Referência Imunobiológico (CRIE)”, complementa Ângela.
A técnica em enfermagem Beatriz Ramos comenta que o mês de março é propício para alertar mulheres sobre a importância de cuidarem da saúde, principalmente pelo risco do câncer de colo de útero, que tem levado mulheres à morte no país todo. “O uso da cor Lilás, acredita-se, está relacionado ao movimento ocorrido na Inglaterra em 1908, quando mulheres lutaram pela conquista do direito ao voto feminino e manifestações contra a violência”, comenta Beatriz. “Não deixe a vida acabar por onde ela começa”, alerta a secretária do ESF 2, Silvia Coleto, que pede ainda para as mulheres se conscientizarem e procurarem as unidades de saúde, que estão sempre de portas abertas para informações e consultas.
